quarta-feira, 15 de maio de 2013

SEJA BEM VINDO!

Este blog tem como objetivo ajudar a compreender o universo da Psicanálise 

Psicanálise é um campo clinico e de investigação da psique humana  desenvolvido por Sigmund Freud.
  1. um método de investigação da mente e seu funcionamento;
  2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
  3. um método de tratamento psicoterapêutico.


Qual o objetivo da Psicanálise Clínica?

O  principal objetivo é o autoconhecimento. Passamos a vida sem parar para refletir sobre nossos sentimentos e pensamentos. Principalmente quando estes  nos desagradam. Simplesmente os ignoramos. Mas eles não vão para lugar nenhum e nem  sossegam até conseguirem audiência. Depois de muito tempo recalcando-os, acabam por eclodir e, muitas vezes, fugindo do nosso controle. Portanto a análise atende não somente a quem chega a este ponto, mas, também, para quem busca ser dono de si, conhecer-se e  aceitar-se melhor.
Quais são os sintomas de que pensamentos e sentimentos estão sendo recalcados?
São muitos: medo, culpa, depressão, fobia, ansiedade, stress, obsessão, compulsão, angústia, sintomas físicos sem causa específica, etc.



Como funciona a terapia?
Num set analítico não existe julgamento, nem aconselhamento. A pessoa poderá verbalizar à vontade. A fala do paciente projeta-se no analista, como num espelho. Ou seja, o analisando passa a enxergar fora de si o que estava interiorizado. A isso chamamos de transferência. Depois que conseguimos dar nomes e formas aos nossos “fantasmas” podemos lidar com eles, descobrir novas possibilidades, ampliar a percepção do mundo, dos outros e de nós mesmos, fazer escolhas e refazer a própria história.

Quanto tempo leva a terapia?
Isto é muito relativo. Todo o processo depende do interesse e da disposição de cada um. Autoconhecimento não tem data para começar nem para parar. Já as sessões duram em torno de cinquenta minutos.

E a Arteterapia?
A Arteterapia é uma forte aliada da psicoterapia. Ajuda, e muito, no fortalecimento do ego, na ampliação da consciência e na liberação de recalques.
Ao aproximarmo-nos do fazer artístico, damos um primeiro passo no sentido de romper com a rotina, de buscar uma nova ótica sobre o mundo ao redor e, naturalmente, sobre a nossa própria existência, pois suas possibilidade são infinitas.
O trato com a matéria artística, o contato com a fantasia, o exercício da livre expressão, levam-nos ao encontro de espaços normalmente insuspeitados.

A Psicanálise e a Arteterapia podem ser trabalhadas juntas?
A escolha é da pessoa. Se para ela a Arteterapia for um facilitador, poderá ser trabalhada em conjunto com a Psicanálise.


E quanto  aos custos? 
O primeiro encontro pode ser sem custos. O objetivo deste contato é conversar, esclarecer dúvidas e verificar como irá  fluir  para as duas partes a terapia. No caso de uma continuidade, neste mesmo momento, será acordada uma mensalidade.



Clarice Schcolnic
Psicanálise clínica – Arteterapia
Consultório: R. Piauí 342 – Higienópolis
Tel. (11) 97175 0773

Psicanálisepsicanalista

domingo, 5 de maio de 2013

Gestalt Terapia




Para a Gestalt, o homem sempre está em processo de desenvolvimento, sendo a noção de processo algo que está em permanente movimento, em constante mudança. Trabalha para promover o crescimento e desenvolver o potencial humano. Assim, integrando as partes conhecidas e desconhecidas, partes que aceitamos e negamos em nós mesmos, vamos nos tornando aquilo que realmente somos, e consequentemente, a vida flui de forma mais saudável. Isso, apoiando os interesses, desejos, e necessidades genuínas do indivíduo”. (Perls, 1977, p.19).

A Gestalt Terapia tem como foco levar a pessoa a restaurar o contato consigo, com os outros e com o mundo. Por ser considerada uma abordagem Humanista, acredita na capacidade do ser humano em se auto-realizar e de desenvolver seu potencial. 

Desta forma, no trabalho clínico, busca-se uma ampliação da consciência do indivíduo sobre seu próprio funcionamento, ou seja, uma awareness sobre como ele funciona, de como se interrompe o processo de contato consigo e com o mundo, quais as tentativas para alcançar o próprio equilíbrio, tomando   decisões próprias  e efetuando escolhas que atendam as suas reais necessidades.
A Gestalt-Terapia promove novas formas de olhar para a vida, onde nada é definitivo, existem sempre possibilidades a serem exploradas, escolhas novas a serem feitas. A aceitação genuína de nossa forma de funcionar, nos permite enfrentar as situações com mais criatividade e mais leveza, com a certeza de que sempre fazemos o melhor naquele momento.



Awareness
Estamos sempre nos refazendo, somos os artistas de nossa própria história.  Precisamos sair do automatismo, ter  maior percepção de como interagimos com o mundo, de como nos relacionamos com nós mesmos. Quanto mais conscientes, maiores nossas possibilidades.
Awareness significa a consciência do organismo como um todo, por meio das próprias experiências. Disponibilidade para ampliar a percepção. Desejo de aprender com o mundo e não de tê-lo sobre controle com idéias pré-concebidas. Valorizar o processo sentir-se em movimento.  Expressar-se e relacionar-se. Realizar a si próprio.
Awareness é uma palavra sem conceituação exata para o português, mas que pode convenientemente ser traduzida para "dar-se conta", também sendo utilizada para conceituar o que muitos chamam continuum de consciência, para outros seria uma transcendência da consciência de si. Refere-se a capacidade de aperceber-se do que se passa dentro de si e fora de si no momento presente, em nível corporal, mental e emocional.


" Todo contato é ajustamento criativo do organismo e do meio ... " - Perls


                      MECANISMOS DE DEFESA
A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
Freud propôs ainda três hipotéticas instâncias da personalidade: o id, o ego e o superego.O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre activas. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de consequências indesejáveis.
O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id.
Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, logo que encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.
Obstáculo ao Crescimento: a Ansiedade
Para Freud, o principal problema da psique é encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade. Esta é provocada por um aumento, esperado ou previsto, da tensão ou desprazer, podendo se desenvolver em qualquer situação (real ou imaginada), quando a ameaça a alguma parte do corpo ou da psique é muito grande para ser ignorada, dominada ou descarregada. As situações prototípicas que causam ansiedade incluem as seguintes:
Perda de um objecto desejado - Exemplo: uma criança privada de um dos pais, de um amigo íntimo ou de um animal de estimação. A rejeição ou o fracasso em reconquistar o amor, ou a desaprovação de alguém que lhe importa. 
Perda de identidade - É o caso, do que Freud chama de medo de castração, da perda de prestígio, de ser ridicularizado em público.  
Perda de auto-estima: a desaprovação do superego por atos ou traições que resultam em culpa ou ódio em relação a si mesmo.
A ameaça desses ou de outros eventos causa ansiedade e haveria, segundo Freud, dois modos de diminuir a ansiedade. O primeiro modo seria lidando directamente com a situação. Resolvemos problemas, superamos obstáculos, enfrentamos ou fugimos de ameaças, e chegamos a termo de um problema a fim de minimizar seu impacto. Desta forma, lutamos para eliminar dificuldades e diminuir probabilidades de sua repetição, reduzindo, assim, as perspectivas de ansiedade adicional no futuro.
A outra forma de defesa contra a ansiedade deforma ou nega a própria situação. O Ego protege a personalidade contra a ameaça, falsificando a natureza desta. Os modos pelos quais se dão as distorções são denominados Mecanismos de Defesa.
Mecanismos de defesa
Mecanismos de defesa são processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão psíquica entre o id intrusivo, o superego ameaçador e as fortes pressões que emanam da realidade externa.
Devido a esse jogo de forças presente na mente, em que as mesmas se opõem e lutam entre si, surge a ansiedade cuja função é a de assinalar um perigo interno. Esses mecanismos entram em acção para possibilitar que o ego estabeleça soluções de compromisso (para problemas que é incapaz de resolver), ao permitir que alguns componentes dos conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência de forma disfarçada.
No que toca ao fortalecimento do ego, a eficiência desses mecanismos depende do nível de integração dessas forças mentais conflituosas por parte do ego, pois diferentes modalidades de formação de compromisso poderão (ou não) vir a tornar-se sintomas psiconeuróticos.
Quanto mais o ego estiver bloqueado em seu desenvolvimento, por estar enredado em antigos conflitos (fixações), apegando-se a modos arcaicos de funcionamento, maior é a possibilidade de sucumbir a essas forças.
Os principais mecanismos de defesa são os seguintes:
1. Repressão - retirada de ideia, afectos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente.
2. Formação reactiva - fixação de uma ideia, afecto ou desejo na consciência , opostos ao impulso inconsciente temido.
3. Projecção - sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas.
4. Regressão - retorno a formas de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento.
5. Racionalização - substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma explicação razoável e segura.
6. Negação - recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas.
7. Deslocamento - redirecionamento de um impulso para um alvo substituto.
8. Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da experiência prévia e desagradável.
9. Introjeção - estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade, certas características de outras pessoas.
10. Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é direccionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (ex.: artísticas ou esportivas).



Você sabe o que é   transtorno obsessivo compulsivo?
Assista ao vídeo:






A Arte Como Importante Instrumento Terapêutico. 



É bastante difundida a utilização de atividades criativas, como um meio de proporcionar alívio e conforto a pessoas afetadas por algum quadro patológico e, inclusive, como instrumento auxiliar em processos de reabilitação e reconstrução da saúde, tanto no âmbito psíquico, como no físico.
O emprego crescente deste recurso é consequência natural dos seus resultados altamente satisfatórios. 
O simples fato de dedicar-nos  ao ato de construir já produz variados estímulos, provenientes da percepção de ser útil, de ter uma função, enfim de sentir-se fazendo parte, significar. 
Avançando um pouco mais, observamos que, ao experimentarmos a livre expressão, escrevendo um texto,  vivenciando um momento estético, ou produzindo algum artefato, é como se nos reconectássemos, como se criássemos um espaço novo, que nos pertence e nos identifica.
Por outro lado, a cada dia torna-se mais evidente que os fenômenos a que chamamos, genericamente, de “doenças” são, em sua grande maioria, resultado de modos de vida reiterados, da repetição de hábitos herdados e cultivados durante anos e dos quais, frequentemente, nem nos apercebemos.
Ao aproximarmo-nos do fazer artístico, damos um primeiro passo no sentido de romper com a rotina, de buscar uma nova ótica sobre o mundo ao redor e, naturalmente, sobre a nossa própria existência.
Não se trata aqui de emitir nenhum juízo de valor, muito menos de estabelecer comparações, mas de chamar a atenção para as possibilidades que se apresentam, ao vivenciarmos experiências pouco usuais e de como elas podem tornar-se fortes aliadas.
E este é um fator de grande relevância, se pensamos em termos de um processo de apoio psíquico  e, até mesmo, de suporte à recuperação física de pacientes,seja qual for a patologia apresentada. 
O trato com a matéria artística, a liberação da fantasia, o exercício da livre expressão, que, como já mencionamos, levam-nos ao encontro de espaços normalmente insuspeitados, são capazes, também, de gerar novas perspectivas, provocando a revisão de comportamentos, levando-nos, muitas vezes, a reformular toda uma história de vida.
A experiência nos mostra que, ao objetivarmos nossa atenção em uma atividade desprovida de preocupações e compromissos, voltada, exclusivamente, para o prazer estético, produzem-se, primeiramente,  uma mudança de foco, capaz, inclusive, de evoluir  para a descoberta de pontos de interesse nunca imaginados por nós.
A seguir, este mecanismo apresenta novos desdobramentos, porque, ao refletirmos sobre ele, fortalecemos nosso ego, possibilitando-lhe maior expansão, o que reduz o campo propiciador das pulsões de morte.
Isto, em termos terapêuticos, possui uma eficácia, cujo valor é difícil exagerar.



Codependência






O que é codependência?
A codependência é um transtorno emocional. A característica principal consiste na “atadura emocional”, ou seja, a pessoa se atrelada à patologia do outro, tendo uma extrema dificuldade em colocar limites para o comportamento problemático do dependente. Por exemplo, a esposa que tolera, incansavelmente, todas as conseqüências decorrentes do alcoolismo do marido, como perda do emprego, agressividade, irresponsabilidades, etc., ou a pessoa que suporta qualquer tipo de abuso do cônjuge por medo das chantagens emocionais feitas por ele, como por exemplo, a separação.
Os codependentes são, na maior parte dos casos, pais ou cônjuges que vivem em função da pessoa dependente, assumindo e responsabilizando-se por todos os comportamentos problema desta e preocupando-se excessivamente por seu bem estar. O codependente não percebe que cuidando excessivamente do outro, ocorre um processo de auto-anulação – seus objetivos e necessidades acabam sendo esquecidos por ele mesmo. Resumindo, o sujeito depende da dependência do outro.
Quais são os sintomas? 
Invariavelmente, os codependentes possuem baixa auto-estima, e sentem-se úteis e valorizados somente quando cuidam, resolvem e toleram os problemas do outro. Necessitam da aprovação alheia, desejando serem vistos como mártires. Acredita-se com isso, que há um ganho secundário, embora exista um sofrimento muito grande ao tolerar certos tipos de abuso. Os codependentes se mostram muito solícitos, sempre prontos a socorrer o outro, não importando as circunstâncias. Apresentam dificuldade em nutrir relações saudáveis e que valorizem a autonomia e o espaço de cada um. A necessidade obsessiva em controlar e cuidar do comportamento do outro faz com que utilizem de conselhos, preocupações e gentilezas exageradas. Isso tudo acontece de forma compulsiva, as vezes sem perceber porque estão agindo dessa forma. Ainda existe um sentimento de incapacidade, pois acreditam que sua ajuda nunca é suficiente para solucionar a dificuldade do outro, e de vergonha extrema, como se o comportamento problemático do dependente fosse seu.
É importante diferenciar os comportamentos saudáveis de amor e cuidado existente nas relações afetivas. Na verdade, a codependência é um padrão de relacionamento egoísta, onde existe o medo de perder o controle sobre o outro e que resulta em prejuízos para saúde física e emocional.

Quais são as conseqüências da codependência para a vida da pessoa? 
À medida que a pessoa codependente abandona suas necessidades e objetivos ao longo da vida, ela entra num processo de abandono de si mesma e de auto-destruição. Como esse padrão ocorre a longo prazo, normalmente durante vários anos, resulta em muitas perdas – perda do tempo que deveria ter sido investido em si mesmo, em seu lazer, em projetos pessoais, perda de relações que poderiam ter sido saudáveis, perda esperança em resolver o problema do outro. Isso tudo pode desencadear alguns danos para a saúde da pessoa, seja no aspecto físico através de doenças psicossomáticas ou no campo psicológico – normalmente os codependentes apresentam quadros depressivos ou ansiosos


site plenamente





TOC - TRANSTORNO OBSESSIVO - COMPULSIVO




TOC ou simplesmente Transtorno Obsessivo Compulsivo, é a união combinada de compulsões e obsessões, geralmente pensamentos extremamente desagradáveis invadem a mente caracterizados por serem  persistentes. Saindo do controle podem gerar casos de estresse, ansiedade, depressão e  compulsões. A manifestação do TOC em uma pessoa é de preocupações, desconforto, culpa, aflição, repetições, medo e manifestações  que são  caracterizadas  por rituais e comportamentos que acabam influenciando no dia-a-dia.

SINTOMAS COMPULSIVOS:
Tocar em objetos que lhe chamem atenção;
Verificar várias vezes se as janelas e portas estão fechadas. Verificar se não há nada em baixo dos móveis, da cama, se o gás está desligado, entre outros...
Organizar roupas, objetos e ferramentas de certa maneira que não podem ser mudadas;

Lavar-se constantemente para se descontaminar;

Repetir os mesmos gestos com freqüência, como estalar os dedos, o pescoço, etc.
SINTOMAS OBSESSIVOS:
Pensamentos ilícitos;
Pensamentos sexuais intrusivos e urgentes;
Dúvidas religiosas e morais;
Receio de se contaminar por sujeira, germes ou tocar ou ir a ambientes sujos e públicos;
Pensamentos de perda de controle.
Tentar entender e modificar suas emoções e seu modo de agir.
Os rituais existem por causa do medo e da aflição que acompanham as obsessões. A pessoa executa rituais porque descobriu por acaso que eles reduzem a aflição e o desconforto que acompanha as obsessões.
Distorcem a forma como percebem, avaliam e interpretam a realidade: exageram o risco de contrair doenças ou de se contaminar, exageram a responsabilidade que acreditam possuir tanto no sentido de provocar como de impedir desastres. Também são exageradamente perfeccionistas. 
NEUTRALIZAÇÃO: O indivíduo descobre, por ensaio e erro (aprende, que executar rituais ou evitar o contato reduz ou elimina (neutraliza) os medos, mesmo que apenas temporariamente.
REFORÇO E MANUTENÇÃO DOS RITUAIS: O alívio obtido reforça o comportamento de executar rituais, dando a impressão de que este é o caminho certo  perpetuando o TOC (condicionamento operante).
5) REFORÇO DAS CRENÇAS: O alívio obtido com a realização dos rituais reforça a idéia  de que os medos podem ser verdadeiros e de que se deve, portanto, continuar repetindo as manobras.
As obsessões podem interferir com os pensamentos normais e prejudicar as habilidades do indivíduo e limitar suas ações. Na compulsão, o comportamento  parece destinado a atingir alguma meta, mas em realidade é sem sentido e inútil.  É percebido pelo indivíduo como irracional e não lhe proporciona qualquer prazer e se torna tenso e ansioso se o comportamento não é desempenhado. As compulsões verdadeiras não são agradáveis, exceto pelo fato de que elas podem brevemente evitar a ansiedade.   

Freud (1909) diz que as idéias obsessivas têm à aparência de não possuírem nem motivo nem significação. Primeiro é preciso saber como o problema chegou a um status na vida mental do paciente, para torná-las compreensíveis, e mesmo, óbvias. A solução se dá ao se levar as idéias obsessivas a uma relação temporal com as experiências do paciente, quer dizer, ao se indagar quando foi que uma idéia obsessiva  apareceu e em que circunstancias  externas ela está apta para voltar a ocorrer. Uma vez descobertas as interconexões entre uma idéia obsessiva  e as experiências do paciente não haverá de se ter acesso a “algo mais” na estrutura patológica – “seu significado, o mecanismo de sua origem e sua derivação das forças motivadoras preponderantes da mente do paciente.” (Freud, 1909, pág. 168)



Fontes:

sociedadepsicanalitica
Psicologado - Artigos de Psicologia 

Depressão Fobia Ansiedade Medo Culpa

quarta-feira, 1 de maio de 2013





Simbolos Oníricos








Nos sonhos e  em algum lugar, lá no mais profundo de nós mesmos, em geral sabemos onde ir e o que fazer. Mas há ocasiões em que o palhaço a que chamamos “eu “ age de modo tão irrefletido que a voz interior não se consegue deixar ouvir.
Algumas vezes falham todas as tentativas para entender-se as mensagens do inconsciente, e diante desta dificuldade só resta o recurso de se ter a coragem para fazer o que nos parece melhor, apesar de prontos para mudar o rumo das nossas decisões quando o inconsciente indicar ou sugerir, subitamente, uma outra direção.  - Jung

Segundo Jung o homem só se realiza através do conhecimento e aceitação do seu inconsciente — conhecimento que ele adquire por intermédio dos sonhos e seus símbolos. Cada sonho é uma mensagem direta, pessoal e significativa enviada ao sonhador. 







Felizmente, não perdemos as camadas instintivas básicas; elas se mantiveram como
parte do inconsciente, apesar de só se expressarem sob a forma de imagens oníricas. Estes fenômenos instintivos — que nem sempre podem ser reconhecidos como tal, já que o seu caráter é simbólico — representam um papel vital na função compensadora dos sonhos.
Para benefício do equilíbrio mental e mesmo da saúde fisiológica, o consciente e o inconsciente devem estar completamente interligados, a fim de que possam se mover em linhas paralelas. Se  separam-se  um do outro ou se “dissociam”, ocorrem distúrbios psicológicos. Neste particular, os símbolos oníricos são os mensageiros indispensáveis da parte instintiva da mente humana para a sua parte racional, e a sua interpretação enriquece a pobreza da nossa consciência fazendo-a compreender, novamente, a
esquecida linguagem dos instintos.
As pessoas, é claro, tendem a pôr em dúvida esta função já que os seus símbolos muitas
vezes passam despercebidos ou incompreendidos.
Apenas nas raras vezes em que um sonho é particularmente impressionante, ou que passa a repetir -se a intervalos regulares, é que as pessoas buscam alguma interpretação


Texto - O Homem e seus Símbolos - Jung 

 Imagem - Salvador Dali





Esquizofrenia

Uma vitória a cada dia


Poderia escrever um artigo longo sobre esse assunto, mas hoje o que pretendo é dar um respiro, um alívio aos que estão passando por esse problema. Ou para os que amam alguém que está enfrentando  um quadro de esquizofrenia. O que vocês irão ler são as palavras de uma mulher que já sofreu um bocado, com surtos, internações e preconceito.  Tania tem 50 anos, divorciada, três filhos (O nome é fictício para preservar sua identidade). Só quem acompanhou o problema de perto sabe a importância destas palavras. Podem achar que ainda não é o ideal. Nunca é, pra ninguém, estamos sempre na busca. O que importa aqui são as descobertas, o incessante esforço para resgatar a própria identidade,  enxergar caminhos e principalmente o poder de tomar decisões. O texto fala por si só.

“ Tantas vezes doei minha alma que nem sabia mais se ela pertencia a mim mesma”

“A idade tem me trazido algo diferente, é uma liberdade que não tem tamanho, um desprendimento total....não fico mais seduzida por nada, nem por ninguém, não me iludo mais com as aparências, nem a minha própria, sei de mim, de todas as minhas vitórias e fracassos, todos meus pontos positivos e negativos, e nem ligo mais para o que pensam de mim ou falam. Já passei por muitas vitrines, de gentes e de coisas e percebi que o que fala mais alto dentro de mim hoje  é ser eu mesma para que o que emana de mim, transforme o mundo para melhor, mesmo sendo minha colaboração apenas do tamanho que sou.

“ Sempre fui uma pessoa teórica antes de partir para a prática. E o mais engraçado é que até pouco tempo atrás tinha encontrado o meio termo que é a arte, o sonho e a fantasia, assim me mantive bem...Depois que descobri a fotografia e a cinematografia, ou seja, fotografar e filmar....tem me acontecido algo diferente, deixei de sonhar e fantasiar e tenho descoberto que a realidade é muito mais interessante,a gente acaba vendo cada uma que nem dá para acreditar

"Antes eram supostas vozes, alucinações, delírios.
Hoje são só pensamentos"