quarta-feira, 15 de maio de 2013

SEJA BEM VINDO!

Este blog tem como objetivo ajudar a compreender o universo da Psicanálise 

Psicanálise é um campo clinico e de investigação da psique humana  desenvolvido por Sigmund Freud.
  1. um método de investigação da mente e seu funcionamento;
  2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
  3. um método de tratamento psicoterapêutico.


Qual o objetivo da Psicanálise Clínica?

O  principal objetivo é o autoconhecimento. Passamos a vida sem parar para refletir sobre nossos sentimentos e pensamentos. Principalmente quando estes  nos desagradam. Simplesmente os ignoramos. Mas eles não vão para lugar nenhum e nem  sossegam até conseguirem audiência. Depois de muito tempo recalcando-os, acabam por eclodir e, muitas vezes, fugindo do nosso controle. Portanto a análise atende não somente a quem chega a este ponto, mas, também, para quem busca ser dono de si, conhecer-se e  aceitar-se melhor.
Quais são os sintomas de que pensamentos e sentimentos estão sendo recalcados?
São muitos: medo, culpa, depressão, fobia, ansiedade, stress, obsessão, compulsão, angústia, sintomas físicos sem causa específica, etc.



Como funciona a terapia?
Num set analítico não existe julgamento, nem aconselhamento. A pessoa poderá verbalizar à vontade. A fala do paciente projeta-se no analista, como num espelho. Ou seja, o analisando passa a enxergar fora de si o que estava interiorizado. A isso chamamos de transferência. Depois que conseguimos dar nomes e formas aos nossos “fantasmas” podemos lidar com eles, descobrir novas possibilidades, ampliar a percepção do mundo, dos outros e de nós mesmos, fazer escolhas e refazer a própria história.

Quanto tempo leva a terapia?
Isto é muito relativo. Todo o processo depende do interesse e da disposição de cada um. Autoconhecimento não tem data para começar nem para parar. Já as sessões duram em torno de cinquenta minutos.

E a Arteterapia?
A Arteterapia é uma forte aliada da psicoterapia. Ajuda, e muito, no fortalecimento do ego, na ampliação da consciência e na liberação de recalques.
Ao aproximarmo-nos do fazer artístico, damos um primeiro passo no sentido de romper com a rotina, de buscar uma nova ótica sobre o mundo ao redor e, naturalmente, sobre a nossa própria existência, pois suas possibilidade são infinitas.
O trato com a matéria artística, o contato com a fantasia, o exercício da livre expressão, levam-nos ao encontro de espaços normalmente insuspeitados.

A Psicanálise e a Arteterapia podem ser trabalhadas juntas?
A escolha é da pessoa. Se para ela a Arteterapia for um facilitador, poderá ser trabalhada em conjunto com a Psicanálise.


E quanto  aos custos? 
O primeiro encontro pode ser sem custos. O objetivo deste contato é conversar, esclarecer dúvidas e verificar como irá  fluir  para as duas partes a terapia. No caso de uma continuidade, neste mesmo momento, será acordada uma mensalidade.



Clarice Schcolnic
Psicanálise clínica – Arteterapia
Consultório: R. Piauí 342 – Higienópolis
Tel. (11) 97175 0773

Psicanálisepsicanalista

domingo, 5 de maio de 2013

Gestalt Terapia




Para a Gestalt, o homem sempre está em processo de desenvolvimento, sendo a noção de processo algo que está em permanente movimento, em constante mudança. Trabalha para promover o crescimento e desenvolver o potencial humano. Assim, integrando as partes conhecidas e desconhecidas, partes que aceitamos e negamos em nós mesmos, vamos nos tornando aquilo que realmente somos, e consequentemente, a vida flui de forma mais saudável. Isso, apoiando os interesses, desejos, e necessidades genuínas do indivíduo”. (Perls, 1977, p.19).

A Gestalt Terapia tem como foco levar a pessoa a restaurar o contato consigo, com os outros e com o mundo. Por ser considerada uma abordagem Humanista, acredita na capacidade do ser humano em se auto-realizar e de desenvolver seu potencial. 

Desta forma, no trabalho clínico, busca-se uma ampliação da consciência do indivíduo sobre seu próprio funcionamento, ou seja, uma awareness sobre como ele funciona, de como se interrompe o processo de contato consigo e com o mundo, quais as tentativas para alcançar o próprio equilíbrio, tomando   decisões próprias  e efetuando escolhas que atendam as suas reais necessidades.
A Gestalt-Terapia promove novas formas de olhar para a vida, onde nada é definitivo, existem sempre possibilidades a serem exploradas, escolhas novas a serem feitas. A aceitação genuína de nossa forma de funcionar, nos permite enfrentar as situações com mais criatividade e mais leveza, com a certeza de que sempre fazemos o melhor naquele momento.



Awareness
Estamos sempre nos refazendo, somos os artistas de nossa própria história.  Precisamos sair do automatismo, ter  maior percepção de como interagimos com o mundo, de como nos relacionamos com nós mesmos. Quanto mais conscientes, maiores nossas possibilidades.
Awareness significa a consciência do organismo como um todo, por meio das próprias experiências. Disponibilidade para ampliar a percepção. Desejo de aprender com o mundo e não de tê-lo sobre controle com idéias pré-concebidas. Valorizar o processo sentir-se em movimento.  Expressar-se e relacionar-se. Realizar a si próprio.
Awareness é uma palavra sem conceituação exata para o português, mas que pode convenientemente ser traduzida para "dar-se conta", também sendo utilizada para conceituar o que muitos chamam continuum de consciência, para outros seria uma transcendência da consciência de si. Refere-se a capacidade de aperceber-se do que se passa dentro de si e fora de si no momento presente, em nível corporal, mental e emocional.


" Todo contato é ajustamento criativo do organismo e do meio ... " - Perls


                      MECANISMOS DE DEFESA
A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo). Neste sentido, Freud desenvolveu a psicanálise, uma abordagem terapêutica que tem por objectivo dar a conhecer às pessoas os seus próprios conflitos emocionais inconscientes. Freud acreditava que a personalidade forma-se nos primeiros anos de vida, quando as crianças lidam com os conflitos entre os impulsos biológicos inatos, ligados às pulsões e às exigências da sociedade.
Freud propôs ainda três hipotéticas instâncias da personalidade: o id, o ego e o superego.O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre activas. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos, sem levar em conta a possibilidade de consequências indesejáveis.
O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente, embora também contenha elementos inconscientes, pois evoluiu do id.
Regido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, logo que encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. Apenas parcialmente consciente, o superego serve como um censor das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.
Obstáculo ao Crescimento: a Ansiedade
Para Freud, o principal problema da psique é encontrar maneiras de enfrentar a ansiedade. Esta é provocada por um aumento, esperado ou previsto, da tensão ou desprazer, podendo se desenvolver em qualquer situação (real ou imaginada), quando a ameaça a alguma parte do corpo ou da psique é muito grande para ser ignorada, dominada ou descarregada. As situações prototípicas que causam ansiedade incluem as seguintes:
Perda de um objecto desejado - Exemplo: uma criança privada de um dos pais, de um amigo íntimo ou de um animal de estimação. A rejeição ou o fracasso em reconquistar o amor, ou a desaprovação de alguém que lhe importa. 
Perda de identidade - É o caso, do que Freud chama de medo de castração, da perda de prestígio, de ser ridicularizado em público.  
Perda de auto-estima: a desaprovação do superego por atos ou traições que resultam em culpa ou ódio em relação a si mesmo.
A ameaça desses ou de outros eventos causa ansiedade e haveria, segundo Freud, dois modos de diminuir a ansiedade. O primeiro modo seria lidando directamente com a situação. Resolvemos problemas, superamos obstáculos, enfrentamos ou fugimos de ameaças, e chegamos a termo de um problema a fim de minimizar seu impacto. Desta forma, lutamos para eliminar dificuldades e diminuir probabilidades de sua repetição, reduzindo, assim, as perspectivas de ansiedade adicional no futuro.
A outra forma de defesa contra a ansiedade deforma ou nega a própria situação. O Ego protege a personalidade contra a ameaça, falsificando a natureza desta. Os modos pelos quais se dão as distorções são denominados Mecanismos de Defesa.
Mecanismos de defesa
Mecanismos de defesa são processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão psíquica entre o id intrusivo, o superego ameaçador e as fortes pressões que emanam da realidade externa.
Devido a esse jogo de forças presente na mente, em que as mesmas se opõem e lutam entre si, surge a ansiedade cuja função é a de assinalar um perigo interno. Esses mecanismos entram em acção para possibilitar que o ego estabeleça soluções de compromisso (para problemas que é incapaz de resolver), ao permitir que alguns componentes dos conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência de forma disfarçada.
No que toca ao fortalecimento do ego, a eficiência desses mecanismos depende do nível de integração dessas forças mentais conflituosas por parte do ego, pois diferentes modalidades de formação de compromisso poderão (ou não) vir a tornar-se sintomas psiconeuróticos.
Quanto mais o ego estiver bloqueado em seu desenvolvimento, por estar enredado em antigos conflitos (fixações), apegando-se a modos arcaicos de funcionamento, maior é a possibilidade de sucumbir a essas forças.
Os principais mecanismos de defesa são os seguintes:
1. Repressão - retirada de ideia, afectos ou desejos perturbadores da consciência, pressionando-os para o inconsciente.
2. Formação reactiva - fixação de uma ideia, afecto ou desejo na consciência , opostos ao impulso inconsciente temido.
3. Projecção - sentimentos próprios indesejáveis são atribuídos a outras pessoas.
4. Regressão - retorno a formas de gratificação de fases anteriores, devido aos conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento.
5. Racionalização - substituição do verdadeiro, porém assustador, motivo do comportamento por uma explicação razoável e segura.
6. Negação - recusa consciente para perceber fatos perturbadores. Retira do indivíduo não só a percepção necessária para lidar com os desafios externos, mas também a capacidade de valer-se de estratégias de sobrevivência adequadas.
7. Deslocamento - redirecionamento de um impulso para um alvo substituto.
8. Anulação - através de uma ação, busca-se o cancelamento da experiência prévia e desagradável.
9. Introjeção - estreitamente relacionada com a identificação, visa resolver alguma dificuldade emocional do indivíduo, ao tomar para a própria personalidade, certas características de outras pessoas.
10. Sublimação - parte da energia investida nos impulsos sexuais é direccionada à consecução de realizações socialmente aceitáveis (ex.: artísticas ou esportivas).



Você sabe o que é   transtorno obsessivo compulsivo?
Assista ao vídeo:






A Arte Como Importante Instrumento Terapêutico. 



É bastante difundida a utilização de atividades criativas, como um meio de proporcionar alívio e conforto a pessoas afetadas por algum quadro patológico e, inclusive, como instrumento auxiliar em processos de reabilitação e reconstrução da saúde, tanto no âmbito psíquico, como no físico.
O emprego crescente deste recurso é consequência natural dos seus resultados altamente satisfatórios. 
O simples fato de dedicar-nos  ao ato de construir já produz variados estímulos, provenientes da percepção de ser útil, de ter uma função, enfim de sentir-se fazendo parte, significar. 
Avançando um pouco mais, observamos que, ao experimentarmos a livre expressão, escrevendo um texto,  vivenciando um momento estético, ou produzindo algum artefato, é como se nos reconectássemos, como se criássemos um espaço novo, que nos pertence e nos identifica.
Por outro lado, a cada dia torna-se mais evidente que os fenômenos a que chamamos, genericamente, de “doenças” são, em sua grande maioria, resultado de modos de vida reiterados, da repetição de hábitos herdados e cultivados durante anos e dos quais, frequentemente, nem nos apercebemos.
Ao aproximarmo-nos do fazer artístico, damos um primeiro passo no sentido de romper com a rotina, de buscar uma nova ótica sobre o mundo ao redor e, naturalmente, sobre a nossa própria existência.
Não se trata aqui de emitir nenhum juízo de valor, muito menos de estabelecer comparações, mas de chamar a atenção para as possibilidades que se apresentam, ao vivenciarmos experiências pouco usuais e de como elas podem tornar-se fortes aliadas.
E este é um fator de grande relevância, se pensamos em termos de um processo de apoio psíquico  e, até mesmo, de suporte à recuperação física de pacientes,seja qual for a patologia apresentada. 
O trato com a matéria artística, a liberação da fantasia, o exercício da livre expressão, que, como já mencionamos, levam-nos ao encontro de espaços normalmente insuspeitados, são capazes, também, de gerar novas perspectivas, provocando a revisão de comportamentos, levando-nos, muitas vezes, a reformular toda uma história de vida.
A experiência nos mostra que, ao objetivarmos nossa atenção em uma atividade desprovida de preocupações e compromissos, voltada, exclusivamente, para o prazer estético, produzem-se, primeiramente,  uma mudança de foco, capaz, inclusive, de evoluir  para a descoberta de pontos de interesse nunca imaginados por nós.
A seguir, este mecanismo apresenta novos desdobramentos, porque, ao refletirmos sobre ele, fortalecemos nosso ego, possibilitando-lhe maior expansão, o que reduz o campo propiciador das pulsões de morte.
Isto, em termos terapêuticos, possui uma eficácia, cujo valor é difícil exagerar.



Codependência






O que é codependência?
A codependência é um transtorno emocional. A característica principal consiste na “atadura emocional”, ou seja, a pessoa se atrelada à patologia do outro, tendo uma extrema dificuldade em colocar limites para o comportamento problemático do dependente. Por exemplo, a esposa que tolera, incansavelmente, todas as conseqüências decorrentes do alcoolismo do marido, como perda do emprego, agressividade, irresponsabilidades, etc., ou a pessoa que suporta qualquer tipo de abuso do cônjuge por medo das chantagens emocionais feitas por ele, como por exemplo, a separação.
Os codependentes são, na maior parte dos casos, pais ou cônjuges que vivem em função da pessoa dependente, assumindo e responsabilizando-se por todos os comportamentos problema desta e preocupando-se excessivamente por seu bem estar. O codependente não percebe que cuidando excessivamente do outro, ocorre um processo de auto-anulação – seus objetivos e necessidades acabam sendo esquecidos por ele mesmo. Resumindo, o sujeito depende da dependência do outro.
Quais são os sintomas? 
Invariavelmente, os codependentes possuem baixa auto-estima, e sentem-se úteis e valorizados somente quando cuidam, resolvem e toleram os problemas do outro. Necessitam da aprovação alheia, desejando serem vistos como mártires. Acredita-se com isso, que há um ganho secundário, embora exista um sofrimento muito grande ao tolerar certos tipos de abuso. Os codependentes se mostram muito solícitos, sempre prontos a socorrer o outro, não importando as circunstâncias. Apresentam dificuldade em nutrir relações saudáveis e que valorizem a autonomia e o espaço de cada um. A necessidade obsessiva em controlar e cuidar do comportamento do outro faz com que utilizem de conselhos, preocupações e gentilezas exageradas. Isso tudo acontece de forma compulsiva, as vezes sem perceber porque estão agindo dessa forma. Ainda existe um sentimento de incapacidade, pois acreditam que sua ajuda nunca é suficiente para solucionar a dificuldade do outro, e de vergonha extrema, como se o comportamento problemático do dependente fosse seu.
É importante diferenciar os comportamentos saudáveis de amor e cuidado existente nas relações afetivas. Na verdade, a codependência é um padrão de relacionamento egoísta, onde existe o medo de perder o controle sobre o outro e que resulta em prejuízos para saúde física e emocional.

Quais são as conseqüências da codependência para a vida da pessoa? 
À medida que a pessoa codependente abandona suas necessidades e objetivos ao longo da vida, ela entra num processo de abandono de si mesma e de auto-destruição. Como esse padrão ocorre a longo prazo, normalmente durante vários anos, resulta em muitas perdas – perda do tempo que deveria ter sido investido em si mesmo, em seu lazer, em projetos pessoais, perda de relações que poderiam ter sido saudáveis, perda esperança em resolver o problema do outro. Isso tudo pode desencadear alguns danos para a saúde da pessoa, seja no aspecto físico através de doenças psicossomáticas ou no campo psicológico – normalmente os codependentes apresentam quadros depressivos ou ansiosos


site plenamente





TOC - TRANSTORNO OBSESSIVO - COMPULSIVO




TOC ou simplesmente Transtorno Obsessivo Compulsivo, é a união combinada de compulsões e obsessões, geralmente pensamentos extremamente desagradáveis invadem a mente caracterizados por serem  persistentes. Saindo do controle podem gerar casos de estresse, ansiedade, depressão e  compulsões. A manifestação do TOC em uma pessoa é de preocupações, desconforto, culpa, aflição, repetições, medo e manifestações  que são  caracterizadas  por rituais e comportamentos que acabam influenciando no dia-a-dia.

SINTOMAS COMPULSIVOS:
Tocar em objetos que lhe chamem atenção;
Verificar várias vezes se as janelas e portas estão fechadas. Verificar se não há nada em baixo dos móveis, da cama, se o gás está desligado, entre outros...
Organizar roupas, objetos e ferramentas de certa maneira que não podem ser mudadas;

Lavar-se constantemente para se descontaminar;

Repetir os mesmos gestos com freqüência, como estalar os dedos, o pescoço, etc.
SINTOMAS OBSESSIVOS:
Pensamentos ilícitos;
Pensamentos sexuais intrusivos e urgentes;
Dúvidas religiosas e morais;
Receio de se contaminar por sujeira, germes ou tocar ou ir a ambientes sujos e públicos;
Pensamentos de perda de controle.
Tentar entender e modificar suas emoções e seu modo de agir.
Os rituais existem por causa do medo e da aflição que acompanham as obsessões. A pessoa executa rituais porque descobriu por acaso que eles reduzem a aflição e o desconforto que acompanha as obsessões.
Distorcem a forma como percebem, avaliam e interpretam a realidade: exageram o risco de contrair doenças ou de se contaminar, exageram a responsabilidade que acreditam possuir tanto no sentido de provocar como de impedir desastres. Também são exageradamente perfeccionistas. 
NEUTRALIZAÇÃO: O indivíduo descobre, por ensaio e erro (aprende, que executar rituais ou evitar o contato reduz ou elimina (neutraliza) os medos, mesmo que apenas temporariamente.
REFORÇO E MANUTENÇÃO DOS RITUAIS: O alívio obtido reforça o comportamento de executar rituais, dando a impressão de que este é o caminho certo  perpetuando o TOC (condicionamento operante).
5) REFORÇO DAS CRENÇAS: O alívio obtido com a realização dos rituais reforça a idéia  de que os medos podem ser verdadeiros e de que se deve, portanto, continuar repetindo as manobras.
As obsessões podem interferir com os pensamentos normais e prejudicar as habilidades do indivíduo e limitar suas ações. Na compulsão, o comportamento  parece destinado a atingir alguma meta, mas em realidade é sem sentido e inútil.  É percebido pelo indivíduo como irracional e não lhe proporciona qualquer prazer e se torna tenso e ansioso se o comportamento não é desempenhado. As compulsões verdadeiras não são agradáveis, exceto pelo fato de que elas podem brevemente evitar a ansiedade.   

Freud (1909) diz que as idéias obsessivas têm à aparência de não possuírem nem motivo nem significação. Primeiro é preciso saber como o problema chegou a um status na vida mental do paciente, para torná-las compreensíveis, e mesmo, óbvias. A solução se dá ao se levar as idéias obsessivas a uma relação temporal com as experiências do paciente, quer dizer, ao se indagar quando foi que uma idéia obsessiva  apareceu e em que circunstancias  externas ela está apta para voltar a ocorrer. Uma vez descobertas as interconexões entre uma idéia obsessiva  e as experiências do paciente não haverá de se ter acesso a “algo mais” na estrutura patológica – “seu significado, o mecanismo de sua origem e sua derivação das forças motivadoras preponderantes da mente do paciente.” (Freud, 1909, pág. 168)



Fontes:

sociedadepsicanalitica
Psicologado - Artigos de Psicologia 

Depressão Fobia Ansiedade Medo Culpa

quarta-feira, 1 de maio de 2013





Simbolos Oníricos








Nos sonhos e  em algum lugar, lá no mais profundo de nós mesmos, em geral sabemos onde ir e o que fazer. Mas há ocasiões em que o palhaço a que chamamos “eu “ age de modo tão irrefletido que a voz interior não se consegue deixar ouvir.
Algumas vezes falham todas as tentativas para entender-se as mensagens do inconsciente, e diante desta dificuldade só resta o recurso de se ter a coragem para fazer o que nos parece melhor, apesar de prontos para mudar o rumo das nossas decisões quando o inconsciente indicar ou sugerir, subitamente, uma outra direção.  - Jung

Segundo Jung o homem só se realiza através do conhecimento e aceitação do seu inconsciente — conhecimento que ele adquire por intermédio dos sonhos e seus símbolos. Cada sonho é uma mensagem direta, pessoal e significativa enviada ao sonhador. 







Felizmente, não perdemos as camadas instintivas básicas; elas se mantiveram como
parte do inconsciente, apesar de só se expressarem sob a forma de imagens oníricas. Estes fenômenos instintivos — que nem sempre podem ser reconhecidos como tal, já que o seu caráter é simbólico — representam um papel vital na função compensadora dos sonhos.
Para benefício do equilíbrio mental e mesmo da saúde fisiológica, o consciente e o inconsciente devem estar completamente interligados, a fim de que possam se mover em linhas paralelas. Se  separam-se  um do outro ou se “dissociam”, ocorrem distúrbios psicológicos. Neste particular, os símbolos oníricos são os mensageiros indispensáveis da parte instintiva da mente humana para a sua parte racional, e a sua interpretação enriquece a pobreza da nossa consciência fazendo-a compreender, novamente, a
esquecida linguagem dos instintos.
As pessoas, é claro, tendem a pôr em dúvida esta função já que os seus símbolos muitas
vezes passam despercebidos ou incompreendidos.
Apenas nas raras vezes em que um sonho é particularmente impressionante, ou que passa a repetir -se a intervalos regulares, é que as pessoas buscam alguma interpretação


Texto - O Homem e seus Símbolos - Jung 

 Imagem - Salvador Dali





Esquizofrenia

Uma vitória a cada dia


Poderia escrever um artigo longo sobre esse assunto, mas hoje o que pretendo é dar um respiro, um alívio aos que estão passando por esse problema. Ou para os que amam alguém que está enfrentando  um quadro de esquizofrenia. O que vocês irão ler são as palavras de uma mulher que já sofreu um bocado, com surtos, internações e preconceito.  Tania tem 50 anos, divorciada, três filhos (O nome é fictício para preservar sua identidade). Só quem acompanhou o problema de perto sabe a importância destas palavras. Podem achar que ainda não é o ideal. Nunca é, pra ninguém, estamos sempre na busca. O que importa aqui são as descobertas, o incessante esforço para resgatar a própria identidade,  enxergar caminhos e principalmente o poder de tomar decisões. O texto fala por si só.

“ Tantas vezes doei minha alma que nem sabia mais se ela pertencia a mim mesma”

“A idade tem me trazido algo diferente, é uma liberdade que não tem tamanho, um desprendimento total....não fico mais seduzida por nada, nem por ninguém, não me iludo mais com as aparências, nem a minha própria, sei de mim, de todas as minhas vitórias e fracassos, todos meus pontos positivos e negativos, e nem ligo mais para o que pensam de mim ou falam. Já passei por muitas vitrines, de gentes e de coisas e percebi que o que fala mais alto dentro de mim hoje  é ser eu mesma para que o que emana de mim, transforme o mundo para melhor, mesmo sendo minha colaboração apenas do tamanho que sou.

“ Sempre fui uma pessoa teórica antes de partir para a prática. E o mais engraçado é que até pouco tempo atrás tinha encontrado o meio termo que é a arte, o sonho e a fantasia, assim me mantive bem...Depois que descobri a fotografia e a cinematografia, ou seja, fotografar e filmar....tem me acontecido algo diferente, deixei de sonhar e fantasiar e tenho descoberto que a realidade é muito mais interessante,a gente acaba vendo cada uma que nem dá para acreditar

"Antes eram supostas vozes, alucinações, delírios.
Hoje são só pensamentos"

domingo, 21 de abril de 2013

ARTE E PSIQUIATRIA - JÁ OUVIU FALAR DE NISE DA SILVEIRA?



Conheça a história dessa grande mulher brasileira!
Nise da Silveira (Maceió, 15 de fevereiro de 1905 — Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1999) foi uma renomada MÉDICA PSIQUIATRA brasileira, aluna de CARL JUNG. Dedicou sua vida à psiquiatria e MANIFESTOU-SE RADICALMENTE CONTRÁRIA ÀS FORMAS AGRESSIVAS DE TRATAMENTO DE SUA ÉPOCA, TAIS COMO OCONFINAMENTO EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS, ELETROCHOQUE, INSULINOTERAPIA E LOBOTOMIA. Durante a Intentona Comunista foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas. A denúncia levou à sua prisão em 1936 no presídio da Frei Caneca por 18 meses. Neste presídio também se encontrava preso Graciliano Ramos, assim ela tornou-se uma das personagens de seu livro Memórias do Cárcere. Em 1944 é reintegrada ao serviço público e inicia seu trabalho no "Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II", no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde retoma sua luta contra as técnicas psiquiatricas que considera agressivas aos pacientes. Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira é transferida para TERAPIA OCUPACIONAL, ATIVIDADE ENTÃO MENOSPREZADA PELOS MÉDICOS. Assim em 1946 funda nesta instituição a "Seção de Terapêutica Ocupacional".No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela cria ateliês de pintura e modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos com a realidade através da expressão simbólica e da criatividade, revolucionando a Psiquiatria então praticada no país.
Saiba mais:
1) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300012
2) http://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira
3) http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br/
4) http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Nise+da+Silveira&ltr=N&id_perso=478
Imagem ilustrativa sem identificação de autoria

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Vale o passeio virtual ao


MUSEU IMAGENS DO INCONSCIENTE

                                             http://www.museuimagensdoinconsciente.org.br 




"Somos capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!"
Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificados por eles. Até as lágrimas de tristeza contêm traços químicos diferentes das lagrimas de alegria.

Shakespeare não estava sendo metafórico quando Próspero disse: 
" Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos."



Texto do livro: Saúde Perfeita

Autor: Deepak Chopra



quarta-feira, 17 de abril de 2013

AUTO-ESTIMA

"As forças naturais que se encontram dentro de nós são as que realmente curam nossas doenças."
(Hipócrates)

O conhecimento que o indivíduo tem de si próprio, pode dividir-se em:  auto-imagem, e e auto-estima. Outros dois termos são muitas vezes usados como sinônimos de auto-estima: auto-confiança e auto-aceitação. 
A autoconfiança refere-se quase sempre à competência pessoal, como a convicção que uma pessoa tem de ser capaz de fazer ou realizar alguma coisa, enquanto auto-estima é um termo mais amplo, incluindo   conceitos sobre as próprias qualidades.  Auto-aceitação, por outro lado, indica uma aceitação profunda de si mesmo, das próprias fraquezas e erros. A auto-estima, a autoconfiança e a auto-aceitação tendem a estar intimamente ligadas e se influenciam mutuamente
1. Auto-aceitação: uma postura positiva com relação a si mesmo como pessoa. Inclui elementos como estar satisfeito e de acordo consigo mesmo, respeito a si próprio, ser "um consigo mesmo" e se sentir em casa no próprio corpo;
2. Autoconfiança: uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho. Inclui as convicções de saber e conseguir fazer alguma coisa, de fazê-lo bem, de conseguir alcançar alguma coisa, de suportar as dificuldades e de poder prescindir de algo;
3. Competência social: é a experiência de ser capaz de fazer contatos. Inclui saber lidar com outras pessoas, sentir-se capaz de lidar com situações difíceis, ter reações flexíveis, conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos, saber regular a distância-proximidade com outras pessoas;
4. Rede social: estar ligado em uma rede de relacionamentos positivos. Inclui uma relação satisfatória com o parceiro e com a família, ter amigos, poder contar com eles e estar à disposição deles, ser importante para outras pessoas.
Para baixa auto-estima o tratamento consiste em  tornar-se atento e consciente das próprias emoções, sentimentos, sensações, necessidades corporais e psíquicas, relacionar-se respeitosa e amorosamente consigo mesmo e  cuidar de si. Os exercícios incluem técnicas de relaxamento, técnicas para lidar com o crítico interno e de se tornar consciente das partes positivas, de reestruturação e autoreforço.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Psicanálise - O Método


Através  da fala espontânea e de atividades em arteterapia,  expressamos sonhos, esperanças, desejos, fantasias, experiências de vida, etc., buscando o significado inconsciente das palavras, ações e produções do imaginário.
O terapeuta, numa postura neutra, sem julgamento e de acordo com sua experiência profissional, fará comentários visando uma tomada de consciência  dos conteúdos reprimidos que precisam ser esclarecidos, verificando as necessidades, complexos, traumas e tudo aquilo que perturba o equilíbrio emocional do indivíduo e, também, os motivos que o levam a ter determinados comportamentos ou sintomas. 




Indicações de atendimento



A análise é um processo de auto conhecimento e está indicada para quem apresenta: depressão - compulsão - stress - medo - obsessão - sentimento de culpa - ansiedade - dificuldade de aprendizagem - transtorno de humor - uso de drogas - traumas - problemas de relacionamento - disturbios emocionais - sintomas físicos sem causas específicas - sexualidade emocionalmente abalada, entre outros.


Todos temos problemas, mas também somos cheios de possibilidades!

Ler um livro onde é contada a própria história


Recontar a própria história, verificar novas possibilidades e deixar pra trás o que já não serve mais.  
Fazer uma pesquisa arqueológica do inconsciente, do que está oculto aos nossos olhos e sentidos mas que nos influencia sobremaneira. 
Trazendo a luz as pulsões, podemos trabalhar os entraves de nossa felicidade e iniciar um novo ciclo, cheio de possibilidades.


Especial atendimento para jovens e crianças que apresentam dificuldades com a leitura e com a escrita.

Quando criança, somos estimulados a brincar, pulamos corda, caímos, quebramos a testa, levantamos e tentamos novamente, sem nem nos importarmos com os fracassos. De repente, o brinquedo torna-se, naturalmente,  uma extensão de nós mesmos. E quanto aprendemos! Seria praticamente impossível enumerar as possibilidades do nosso desenvolvimento.
E o livro?  Mal sabemos ler, mas já nos encantam as letras, as  imagens, o próprio papel e até seu cheiro e textura. Quantos mistérios guardam os livros! E há, também, aquele momento tranquilo, quando a voz do adulto conta-nos as histórias saídas de suas páginas.
Ah, o livro!
Sonhamos com seus personagens como se fossem da própria família, conversamos com eles, damos e ouvimos seus conselhos. Sentimos frio, ou calor, de acordo com a paisagem local. Garantimos que um dia conheceremos aquele país onde morou o herói da história. E mais uma vez aprendemos, pois estamos brincando com o livro.
Um poema pode  inspirar-nos a ponto de querermos memorizá-lo,  transformá-lo em música, ou em um belo desenho, só para não esquecê-lo.
Que brinquedo maravilhoso a palavra, nos  livros, nas cartas, nas  revistas científicas, nos poemas, nos diários secretos...
E, também, não podemos esquecer,  é a palavra que nos diferencia dos outros animais, tornando-nos  seres pensantes, capazes de entender melhor o mundo e a nós mesmos.
Livro é arte, preenche de dentro para fora.
Que tal reapresentá-lo  aos nossos jovens e  crianças?
“Palavra – Brinquedo,
Livro-Vivo.

 Arteterapia
Um revigorante para todos

Criar é expressar nossa existência e as emoções mais profundas.
Abrange a habilidade em usar o cérebro para alterar, renovar, recombinar os aspectos da vida. 
É expressar sentimentos,  vivências, sonhos, buscando novas formas de ser e estar no mundo. A arte é por si só uma atividade regeneradora.

Favorece:
. A liberação de emoções, de conflitos internos, de imagens perturbadoras do inconsciente.
.  Contato com ansiedades, conteúdos reprimidos, medos
.  Coordenação motora
.  O processo de individuação
.  Equilíbrio físico/ mental/ espiritual

São muitos os instrumentos da arteterapia:
Água, argila, areia, corpo, desenho, pintura, colagem, sucata, escultura, costura,  culinária, teatro, dança, literatura, enfim todas as formas de arte.

Alguns temas abordados na arteterapia:
   auto estima,   expressão dos sentimentos bloqueados, perdãoafeto ,agressividade,  autocrítica,   limites,  sexualidade, quebra da armadura corporal, medoprodutividade criança interior, masculino e feminino,  vida e morte, intuição,  unidade do homem com a natureza, relacionamento,...

 . "Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920)



Culpa
O peso de um sentimento destruidor

A Culpa é o sentimento de ser indigno, mau, ruim, carrega remorso e censura. 
Começa com um sentimento de impossibilidade de se atingir um ideal. De impotência que muitas vezes se manifestava por meio de uma constante insatisfação. A tentativa de se ajustar a um ideal ou, mais do que isso, a tentativa de construir um ideal para que pudesse ao menos tentar seguir.
O sujeito pode carregar a culpa  de ter cedido de seu desejo, ou seja, a culpa por não ter agido em conformidade com este. Nesse sentido, na experiência analítica caberia  a indagação e reflexão sobre o desejo que o habita. Responsabilizar-se por ele, e ir em busca de um horizonte de possibilidades para que possa construir respostas únicas, mas nunca universais, para a pergunta: “o que devo fazer”? 
 A s consequências  da culpa são muitas, isto porque ela sempre leva a autopunição.( medo, sofrimento, depressão, solidão, fuga, drogas, compulsão, conflitos, dificuldade de sentir prazer...)





Depressão



Um estado de tristeza  profunda, vivida no corpo.

Os sintomas podem ser: um aperto no peito, dificuldade de se movimentar,  querer ficar deitada, dificuldade de cuidar de si próprio, da higiene corporal. Na tristeza normal, pode acontecer isso por um ou dois dias, mas, depois, passa. Na patológica, se instala
As raízes da depressão estão na infância. Em como aprendemos a lidar com as perdas.  Mas mexer na infância é muito doloroso... É necessário terapia, mas não queremos mexer nas feridas. Então pensamos em tomar um remédio, para não ficar doendo.. Uma aparente solução.
Temos que enfrentar situações comoo fracasso, a solidão. Não somente buscar remédios. Tomar pílulas só amortece a situação.
A saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social. Estar bem consigo mesmo é também aceitar limitações, sofrimento, incompetências, fracassos. Ou seja, felicidade também é ficar triste de vez em quando.
O importante é ter consciência e aprender a lidar com os próprios sentimentos.