quarta-feira, 1 de maio de 2013





Simbolos Oníricos








Nos sonhos e  em algum lugar, lá no mais profundo de nós mesmos, em geral sabemos onde ir e o que fazer. Mas há ocasiões em que o palhaço a que chamamos “eu “ age de modo tão irrefletido que a voz interior não se consegue deixar ouvir.
Algumas vezes falham todas as tentativas para entender-se as mensagens do inconsciente, e diante desta dificuldade só resta o recurso de se ter a coragem para fazer o que nos parece melhor, apesar de prontos para mudar o rumo das nossas decisões quando o inconsciente indicar ou sugerir, subitamente, uma outra direção.  - Jung

Segundo Jung o homem só se realiza através do conhecimento e aceitação do seu inconsciente — conhecimento que ele adquire por intermédio dos sonhos e seus símbolos. Cada sonho é uma mensagem direta, pessoal e significativa enviada ao sonhador. 







Felizmente, não perdemos as camadas instintivas básicas; elas se mantiveram como
parte do inconsciente, apesar de só se expressarem sob a forma de imagens oníricas. Estes fenômenos instintivos — que nem sempre podem ser reconhecidos como tal, já que o seu caráter é simbólico — representam um papel vital na função compensadora dos sonhos.
Para benefício do equilíbrio mental e mesmo da saúde fisiológica, o consciente e o inconsciente devem estar completamente interligados, a fim de que possam se mover em linhas paralelas. Se  separam-se  um do outro ou se “dissociam”, ocorrem distúrbios psicológicos. Neste particular, os símbolos oníricos são os mensageiros indispensáveis da parte instintiva da mente humana para a sua parte racional, e a sua interpretação enriquece a pobreza da nossa consciência fazendo-a compreender, novamente, a
esquecida linguagem dos instintos.
As pessoas, é claro, tendem a pôr em dúvida esta função já que os seus símbolos muitas
vezes passam despercebidos ou incompreendidos.
Apenas nas raras vezes em que um sonho é particularmente impressionante, ou que passa a repetir -se a intervalos regulares, é que as pessoas buscam alguma interpretação


Texto - O Homem e seus Símbolos - Jung 

 Imagem - Salvador Dali





Esquizofrenia

Uma vitória a cada dia


Poderia escrever um artigo longo sobre esse assunto, mas hoje o que pretendo é dar um respiro, um alívio aos que estão passando por esse problema. Ou para os que amam alguém que está enfrentando  um quadro de esquizofrenia. O que vocês irão ler são as palavras de uma mulher que já sofreu um bocado, com surtos, internações e preconceito.  Tania tem 50 anos, divorciada, três filhos (O nome é fictício para preservar sua identidade). Só quem acompanhou o problema de perto sabe a importância destas palavras. Podem achar que ainda não é o ideal. Nunca é, pra ninguém, estamos sempre na busca. O que importa aqui são as descobertas, o incessante esforço para resgatar a própria identidade,  enxergar caminhos e principalmente o poder de tomar decisões. O texto fala por si só.

“ Tantas vezes doei minha alma que nem sabia mais se ela pertencia a mim mesma”

“A idade tem me trazido algo diferente, é uma liberdade que não tem tamanho, um desprendimento total....não fico mais seduzida por nada, nem por ninguém, não me iludo mais com as aparências, nem a minha própria, sei de mim, de todas as minhas vitórias e fracassos, todos meus pontos positivos e negativos, e nem ligo mais para o que pensam de mim ou falam. Já passei por muitas vitrines, de gentes e de coisas e percebi que o que fala mais alto dentro de mim hoje  é ser eu mesma para que o que emana de mim, transforme o mundo para melhor, mesmo sendo minha colaboração apenas do tamanho que sou.

“ Sempre fui uma pessoa teórica antes de partir para a prática. E o mais engraçado é que até pouco tempo atrás tinha encontrado o meio termo que é a arte, o sonho e a fantasia, assim me mantive bem...Depois que descobri a fotografia e a cinematografia, ou seja, fotografar e filmar....tem me acontecido algo diferente, deixei de sonhar e fantasiar e tenho descoberto que a realidade é muito mais interessante,a gente acaba vendo cada uma que nem dá para acreditar

"Antes eram supostas vozes, alucinações, delírios.
Hoje são só pensamentos"

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